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Deves ou não evitar o glúten? A polémica sobre esta proteína

Gases, inchaço e constipação ou diarreia são apenas alguns dos problemas digestivos que ocorrem cada vez mais em pessoas que comem alimentos ricos em glúten. Mas o que é o glúten?

O glúten é uma proteína que está presente em diversos cerais, como o trigo, a espelta, a cevada, o centeio e o kamut, entre outros. Esta macromolécula danifica os intestinos até ao ponto de provocar doenças como osteoporose, anemia, diabetes, tiroides e alterações no estado de ânimo e comportamento, segundo a doutora Odile Fernández, autora do livro Mis recetas anticáncer. Daí algumas pessoas desenvolverem alergia, intolerância ou celiaquía, uma doença genética autoimune. No entanto, quando falamos de cereais 100% integrais (não industrializados nem refinados), a realidade é diferente, pois depende da quantidade e a qualidade.

Hipersensibilidade ou doença?

Antes de explicar se deves ou não consumir glúten, é importante entender a diferença entre celiaquía e sensibilidade. No primeiro caso, as pessoas têm  intolerância total; uma simples migalha de pão branco pode originar fortes diarreias, inchaço abdominal, eczemas, dores de cabeça e desconforto digestivo. No segundo, não apresentam uma doença diagnosticada mas sentem sintomas semelhantes: diarreia, dor de barriga, acne, dores nas articulações, inchaço, má digestão…

A intolerância pode-se desenvolver por um intestino permeável, ou seja, que absorve incorretamente os nutrientes dos alimentos. Esta disfunção provoca diversos desequilíbrios físicos, mentais e emocionais. Qual é a razão que origina esta sensibilidade e inflamação intestinal?

Excesso e qualidade

Existem diversas teorias a respeito. Por um lado, o consumo em excesso dos cereais que contém glúten em forma de pão, bolachas, pizzas, croissants, bolos, biscoitos e produtos embalados e industrializados. Por outro lado, os cereais integrais foram geneticamente modificados ao longo dos últimos anos devido à agricultura intensiva.

A pergunta que te estarás a fazer agora mesmo é: então nunca mais poderei tomar glúten? É como questão de prioridade e decisão pessoal em função dos teus níveis de saúde. Mas antes de tirar conclusões, deixa-me que te explique como se comporta o intestino ante a irritabilidade provocada pelo glúten.

Quando consumimos alimentos com trigo, espelta, kamut, aveia, centeio ou cevada, o sistema digestivo ativa um mecanismo de proteção. Cria uma capa de muco para recobrir as paredes do intestino e evitar assim possíveis irritações. O problema fundamental é que ao proteger-se, por um lado, não absorve de forma eficaz os alimentos, por outro. Quando deixamos de ingerir glúten, o nosso organismo entende que não é necessário gerar esta capa de muco protetor, de forma que é expulsada pela fezes.

Duas caras da mesma moeda

Como vês parece um “pau de dois bicos”. Se tomamos glúten, inflamamos o organismo. Se não o consumimos, o nosso sistema digestivo é mais sensível aos resíduos tóxicos destes alimentos. Por tanto, o que devemos fazer? Comer de forma natural e consciente, selecionar os cereais integrais e orgânicos para confecionar as nossas receitas favoritas com saúde e bem-estar. Podes consultar o meu curso de Pão Natural Sem Glúten. Uma formação fabulosa, 100% prática e com ingredientes reais, sem químicos nem levaduras e processos rápidos e fáceis de aprender. Utilizo uma técnica na que não precisamos de amassar, apenas necessitamos tempo para fermentar. Depois é só degustar o teu favorito: sementes, sabor a pizza, tipo focaccia, proteico, de alfarroba… Um mundo infinito de sabores.

A verdade sobre o trigo

Porquê devemos evitar o glúten se toda a vida os nossos avós consumiram trigo? O cereal que ingeriam os nossos antepassados era de qualidade, moído em pedra e apenas misturado com outros grãos e frutos secos. Mas há cerca de 200 anos começou-se a moer o trigo para o converter em farinha branca, refinada, rica em glúten e pobre em nutrientes, vitaminas e minerais.

Atualmente ingerimos alimentos “estranhos” para o nosso corpo, ingredientes anti-naturais, cuja natureza é totalmente desconhecida pelo o organismo. Daí as alergias e os problemas de saúde.

Comer trigo é como comer açúcar!

Além das alergias e as intolerâncias, o índice glicémico do trigo é tão alto como o do açúcar. A pesar de ser um hidrato de carbono complexo, quimicamente transforma-se em glicose. Uma alternativa saudável é apostar em cereais como a quinoa, millet, amaranto ou arroz integral que presentam uns níveis mais estáveis.

Estás a pensar no seitan como opção vegetal? Ainda que é um alimento rico em proteína, cuidado! É 100% glúten!

¿Deberías o no evitar el gluten?

Nem tudo é mau… o trigo também cura! Um potente anticancerígeno

Por contraditório que pareça, atualmente já existem estúdios científicos que abordam o tratamento do cancro através do trigo. Mas se tem glúten é saudável? Não. O gérmen do trigo, assim como o azeite derivado, não contém esta proteína. Freeman arroja no seu estúdio a utilidade para tratar cancro de cólon. Também se está a investigar o seu uso como quimioterapia seletiva para matar as células más e respeitar as boas, segundo o estúdio Promising cytotoxic activity profile of fermented wheat germ extract in human cancer cell lines, realizado por Mueller T, Jordan K e Voigth W.

Como testar a tua intolerância?

Se és dessas pessoas que sofres qualquer um destes sintomas e ainda não encontraste a solução, experimentar deixar o glúten por um período de 6 a 8 semanas, tempo suficiente para eliminar as condições mais severas. Na primeira semana notarás resultados incríveis. Mas o melhor teste para avaliar o teu grau de sensibilidade é, após este período, consumir de novo glúten e observar e sentir a reação do corpo!

Se sofres de uma doença grave ou sentes qualquer tipo de intolerância deves reeducar os teus hábitos alimentares e realizar alguns tratamentos para evitar a produção de radicais livres. “A doença celíaca se não for tratada pode desenvolver cancro”, conclui Freeman HJ, autor de “Adult celiac disease and its malignant complications. Gut liver”.

A melhor alternativa ao pão convencional!

Uma alternativa ao pão convencional é o consumo de Pão Sem Glúten como os que te proponho nos meus cursos, pães 100% naturais: sem farinhas refinadas, químicos nem levedantes artificiais. Receitas fáceis de elaborar e práticas para aplicar no dia-a-dia, já que não é necessário sujar as mãos! São receitas tão fáceis que não precisa amassar nem investir muito tempo!

As opções de pão sem glúten que encontras no mercado estão a preço de ouro e, em muitos casos, são produtos ultra-processados: ricos em açúcar, conservantes, gomas e corantes!

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Bibliografía

  • Freeman HJ en su obra “ Enfermedad celíaca del adulto y sus complicaciones malignas. Hígado intestinal. 10-89
  • Mueller T, Jordan K y Voigth W. Perfil de actividad citotóxica prometedora del extracto de germen de trigo fermentado en líneas celulares de cáncer humano. 30-42
  • Odile Fernandez. Mis recetas contra el cáncer. Urano, 240-245.

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